domingo, 2 de dezembro de 2012

Inconstância



Estou numa inconstância severa
Onde o tudo se parece nada
E o nada se parece tudo
Ao nascer do dia desejo logo mais a noite
Ao desabrochar das flores quero ver seus frutos
Ao começar o beijo, já desejo a cama
Logo mais eu vejo o sussurrar sem drama
Já não espero te quero
Já não mais sonho, executo
Tempo que já se torna escasso
Vida que não bem vivida, uma triste vida
Dias que não se sabe viver
A morte é o melhor que sofrer
Sorrisos se não diários
Lágrimas dispostas entre os lábios
Se peco em perder-me, desejo
Em uma vida de sonhos, devaneio
E uma realidade triste, desole
Outrora com sorriso dentre os lábios
Renego-me a morrer

Jorge anderson

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