quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sempiterno


Tenho caminhado num vale de sombras interior
Lutado e relutado com minhas sombras da dor
Não muito que pesar com o amargor
Deveras deprimente sei que sou

Deprimente, por não saber expressar
Incoerente por não me fazer entender
Insensato por medo, omitir.

Quero abonar o que sinto por dentro
Quero proejar o que desejo lá fora
Vivo melindrando-me por não diligenciar o q sinto
Na verdade não vivo

Vou aventurar-me no incompreensível
Em minhas dores ritmadas
Por muitas vezes inacabadas

Minha candura visível, que me esconde o ser real
E deixo o que me consome no escuro por um receio animal
Não quero me importar o quão monturo são os pensamentos
Jogarei-me no mundo a qualquer momento

Se não tiver a capacidade de acompanhar
Prazer meu nome é presente
Viverei ardentemente o que me consome sempiternamente

Jorge Anderson

Um comentário:

Tonico disse...

Muito tocante! Adorei.
Vc mestre
abraço joje
Sucesso!