sábado, 20 de outubro de 2012

Tenho me limitado



Tenho me limitado por medo de sofrer
Guardo-me e resguardo antevendo a dor
Não me entrego por inteiro
Sou jamais desejo, por pior que seja
Tenho sido metade, pedaço 
E isso me angustia
O novo já aparece, pra retirar-me da tempestade
Por tão bom parecer, padeço-me em minhas grades
Quebrá-las-ei de ter, para não morte em vida ser
Já não me permito, por mais que preciso seja
Amor em vida e morte
Deleitando-me a própria sorte
Do sonho perfeito já aniquilado
Por um coração despedaçado 
Mas bobo, burro e ainda insistente
Que quer se entregar nobremente
A um ser quem sabe existente
Para cuidar-lhe eternamente. 

Jorge Anderson

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