segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Padecer em vontades


Embora possa padecer em vontades
Fecho-me para o que não me faz bem
Embora a emoção force-me a correr
A razão pede que retroceda
Embora lá dentro eu queira por amor
Aqui fora me contenho para não sofrer
Embora me perca em desejo
A carne somente não é suficiente
Embora meus olhos brilhem em verte 
Em lagrimas por más lembranças neutraliza-se
E as fantasias se tornaram nuvens negras
Embora o amor não morra
E a vontade seja presente
Recolho-me ao medo
Do sofrer constantemente...

Jorge Anderson

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

É magoa


Vontades diminuídas
Desejos subtraídos
Sonhos desmoronados
Alegrias lacrimejadas
Reflexo de um mundo revirado
De um tudo sem nada
De um nada sem fundo
Um fundo vasto
Coração magoado

Jorge Anderson

Saudades


Talvez não seja nada fora do comum, mas existem dias, momentos em que a saudade torna-se maior, e hoje é um desses dias, mesmo tendo visto a alguns dias, parece que tem um ano ou mais, basta um simples tchau e alguns passos a frente, pondo-se a distanciar e o coração aperta, o querer-te ao meu lado é algo a todo o momento se torna mais frequente se ainda assim for possível, o amor é imensamente grande...

Jorge Anderson

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O toque...


E a primeira sensação de toque dos nossos corpos, sem ao mesmo encostar, acende uma chama aqui dentro que nem eu mesmo sei explicar, mas é algo quente, um aguneio gostoso, um ofegar libidinoso, um arrepio por todo o corpo, num desejo incontrolável de lhe amar.

Jorge Anderson

sábado, 11 de janeiro de 2014

Mar Profundo


É como mergulhar em um mar profundo
Navegar em noite tempestuosa sem curso
É como admirar uma nuvem cheia e linda
Imediatamente tomada por nuvens
É desapontador, é um dessabor, um descontento
Sem rumo, sem chão, sem asas, sem sonhos
Lagrimas, angustias, percorrendo o vazio
Já não se vê mais brilho, mas sorriso, alegria
E se fez distante, perdeste, amor, amigo, amante
Em controvérsias ideias de impor infundadas ideias
Foi se perdendo os brilhantes que reluziam mais que o sol
Em mágoas pequenas e cotidianos
Fez-se azedar o doce, que adocicava a vida
E por fim se fez escuridão à luz 
Foi o fim da estrada
Foi o fim de tudo
E o tudo se fez nada.

Jorge Anderson

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Valer a pena


Hoje eu percebi que talvez não valha a pena,
Que talvez seja muita energia desprendida em vão.
Hoje eu percebi um pouco mais que me esforço demais
E que não existe o mínimo de reciprocidade até então.
Notadamente dizem existir um que ame sempre mais,
Porém nesse legado trágico o amar mais também sofre por demais.
Já é dito criar expectativas não é legal, mas me diga esse de coração
Quente que não nutre apenas um porcento de esperança.
Então me pergunto as vezes para que amar se o final muitas vezes é sofrer?
Por que se doar sem um breve retorno de carinho e atenção
Para que amar se não há demonstração?
Mas tudo isso ligado a respeito sem enganação!

Por muitas vezes em lágrimas em baixo do chuveiro tentei lavar minha alma, tentei fazer com que as dores e angústias fossem pelo ralo abaixo, e não nego, em alguns momentos funcionavam, assim como encostar a cabeça no travesseiro, conversar com o senhor tempo, e na escuridão, sem vozes ou ruídos, seguindo a própria sorte e intuição, quantas vezes ela nos mostrou o que era certo, mas percorremos a vontade do coração, esqueçamos a razão, ela nunca entende nós seres ávidos pelo amor, as medidas são sempre mais drásticas e talvez as mais acertadas.
Hoje como mais uma daquelas noites tristes quero tomar um bom banho e deixar escorrer as lágrimas e se não der jeito, encostar a cabeça ao travesseiro e adormecer em paz, na esperança de um novo dia, de um recomeço, de luz, ter paz...

Jorge Anderson

Perdeu...




O muito lhe parece pouco,
O pouco lhe parece nada, 
Mas talvez o nada seja o suficiente para aprender
Que tinha o mundo e o perdeu...

Jorge Anderson

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Merecer


Dizem que cada um tem o que merece, mas algumas vezes acredito que isso pode ser questionado.

Jorge Anderson