quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sempiterno


Tenho caminhado num vale de sombras interior
Lutado e relutado com minhas sombras da dor
Não muito que pesar com o amargor
Deveras deprimente sei que sou

Deprimente, por não saber expressar
Incoerente por não me fazer entender
Insensato por medo, omitir.

Quero abonar o que sinto por dentro
Quero proejar o que desejo lá fora
Vivo melindrando-me por não diligenciar o q sinto
Na verdade não vivo

Vou aventurar-me no incompreensível
Em minhas dores ritmadas
Por muitas vezes inacabadas

Minha candura visível, que me esconde o ser real
E deixo o que me consome no escuro por um receio animal
Não quero me importar o quão monturo são os pensamentos
Jogarei-me no mundo a qualquer momento

Se não tiver a capacidade de acompanhar
Prazer meu nome é presente
Viverei ardentemente o que me consome sempiternamente

Jorge Anderson

Incostância



Os dias são como uma inconstância em minha vida,
Algumas horas no cume da felicidade,
Outrora, no mais profundo buraco do chão.
Talvez me falte algo, que me mantenha em equilíbrio,
Só não sei eu o que poderia ser esse desatino.
Seja lá o que for, vou caminhando devagar
Tudo tem sua hora de chegar
E eu sei esperar.

Jorge Anderson

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lágrimas


Lágrimas percorrem o meu rosto
Tenho estado com a sensibilidade à flor da pele
Uma simples música com palavras de amor
Uma sena romântica seja ela onde for,
Uma simples lembrança que venha a mente
Não importa, estou carente
Vem-me essa saudade louca
De quem um dia me fez tão bem
Tenta-se conter as sensações que martirizam a mente
Mas algumas vezes é não é possível
É mais forte que a gente,
Lágrimas escorrem constantemente
Escorrem com veemência
Lágrimas escorrem em meu rosto.

Jorge Anderson

Devagações



Tenho divagado no intuito de dissipar emoções,
Venho dissimulando as orações do meu coração
Tento desafogar um grito entalado em minha garganta,
Tenho cindido o real do imaginário
O que possuo do que desejo
É imprescindível tal sentimento
É imprescritível o que sinto no peito
Sinto-me inábil para sanar os sentimentos
Por mais que tente, é um sentimento insepulto.

Jorge Anderson

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coração livre


Deixei meu coração livre, dei asas a ele
Deixei-o percorrer diversos caminhos
Estava cansado de sofrer
E assim ele bateu asas
Saiu por ai, partilhando seu imenso amor
Com outros corações
Perguntei-lhe se estava feliz
Ele respondeu apenas: partilhando amor
Mas o que eu quero vai muito além...
Não sou para muitos.
Nasci para ser apenas de um.

Jorge Anderson